Você se considera uma pessoa
que tem preconceitos? Difícil de saber a resposta, pois sempre tendemos a dizer
que “não” imagina. Se você já viveu
situações preconceituosas, então sabe do que estou falando. Ou você é uma
daquelas pessoas preconceituosas e não se percebe?
Avalie bem, segue algumas
situações em que já vivenciamos ou escutamos ao longo da vida. Veja se você se
identifica:
“Você
vai lá? Aquele bairro é muito perigoso. Você é louca mesmo”.
“Jovem
de periferia é tudo vagabundo”.
“Eu
tenho nojo de pobre, porque são todos fedidos”.
“O
pessoal da favela não sabe nada”.
“Está
desempregado é vagabundo”.
“Fulano
é bebum, ah e o sicrano é drogado”.
“Aquela
do cabelo pixaim”.
“É
pobre porque não tem vontade de trabalhar”.
“Você
vai trabalhar com criança ranhenta”?
A lista é longa, melhor parar
por aqui. Essas são algumas das muitas... Se você está lendo e se
identifica com algumas delas, lamento informar, mas você é forte candidato há
rever seus conceitos, é importante desapegar das crenças limitantes.
Como o preconceito e as
crenças limitantes influenciam nossas práticas no trabalho social? Vale refletir... Comigo já aconteceu algumas
vezes, espero que com você não, mas é provável que todo ser humano em algum momento
da vida tenha agido com preconceito em alguma situação. Quem nunca cometeu um julgamento
que atire a primeira pedra.
Geralmente negamos, mas somos
pessoas e julgamos o tempo todo, além de carregar conosco uma série de crenças
limitantes que nos acompanham desde a infância. Não se culpe, apenas procure
ter mais atenção e evite cometer um ato preconceituoso. Para fazer a diferença no
trabalho social é importante ter a mente aberta, se despir dos preconceitos e fazer
o trabalho de forma respeitosa sem julgamentos.
Só com respeito e amor se constrói
um mundo melhor. Vamos praticar o amor, vamos escutar mais, vamos julgar menos.
Sei o quanto muitas vezes pode ser difícil, podemos cair em verdadeiras armadilhas, fique atento pois faz toda a diferença.
Afinal somos todos iguais,
nossa essência independe da cor de pele, da religião que pratica, seja velho ou
jovem, rico ou pobre. Não há distinção, somos todos seres humanos. Vigilância constante, não repita
os mesmos erros. Já imaginou quantas coisas boas você “mata” quando pratica
julgamentos preconceituosos.
Busque um olhar amoroso e
potencialize sempre o que existe de melhor em cada um. Em cada criança, cada
adolescente, cada família que você atende. Todos somos capazes. Quando julgamos
matamos uma semente, sem ao menos dar a chance para que ela brote. De certa
forma acabamos “matando” crianças e adolescentes em nossas práticas de
atendimento quando julgamos sem ao menos conhecer ou entender a situação, não
dando oportunidade para que se potencialize as suas capacidades ou seja, o melhor
que cada um carrega dentro de si.
Portanto vigie-se, policie-se.
Sempre tenha em mente o que um ato preconceituoso impacta na vida de uma ou
várias pessoas e mesmo na sua prática profissional. Faça a diferença! Construa
novas formas de olhar o outro, potencialize o que existe de melhor em cada um e
se necessitar julgar, julgue com base no seu coração.
Forte abraço,
Samara Arpini